Publicado em: 17/08/2021 ÀS 12H07

Nova Participações intensifica visão estratégica e apresenta suas vantagens competitivas.

A agenda ESG vem ganhando corpo nos últimos anos e acabou acelerada pela pandemia de covid-19. Ela é – ou pelo menos deve ser – sinônimo de que um país está em progresso. Para os próximos anos, a tendência é que siga em alta. E é nesse sentido que grandes empresas brasileiras apostam na causa e entram na corrida com projetos que possam ajudar a restabelecer a reputação do Brasil.

Complexo Eólico Bahia, localizado no município de Brotas de Macaúbas, na microrregião da Chapada da Diamantina, a 590 km de Salvador. 

A holding Nova Participações, com uma das sedes localizadas em Florianópolis e detentora da já conhecida Nova Engevix Engenharia e Nova Engevix Construções, quer deixar claro que daqui para frente as estratégias estão voltadas para a sustentabilidade e políticas de governança. “As antigas práticas – mas nunca tão atuais -, são porta de abertura para os negócios. Empresas contratam empresas que tragam a elas valores sociais, de sustentabilidade e segurança na governança. A agenda ESG é uma tendência global onde os efeitos negociais serão, firmemente, sentidos no futuro”, afirma Yoshiaki Fujimori, CEO da Nova Participações.

O “E” e o “S” da agenda ESG da Nova Participações

No pós-covid, os esforços para diversificação da matriz energética e tendências sustentáveis ganham ainda mais força, além de serem claras as possibilidades de recuperação de economias pelos quatro cantos do mundo. São 21 países investindo mais de US$ 2 bilhões em energias renováveis. E o Brasil não fica de fora: figura entre as três economias mais atraentes para investimentos em energia limpa.

Nessa linha, a aposta da Companhia é na energia solar. Com a missão de tirar do papel um dos maiores programas de energia renovável do mundo, a empresa vem se dedicando ao projeto de construção do Parque Solar do Canindé, em Sergipe, que terá capacidade de geração de 1.292 MW.

O parque a ser construído tem posicionamento estratégico. Fica a uma distância máxima de 30 quilômetros das centrais hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso, no Rio São Francisco. Com a energia solar, será reduzido o déficit hidrológico do rio, que prejudica a capacidade de produção das hidrelétricas. Em termos logísticos, outra facilidade: a energia gerada em Canindé será ligada ao sistema das duas centrais, reduzindo investimentos em novas linhas de transmissão.

O projeto começou a ser desenhado em 2017, quando o Grupo instalou uma estação de medição fotovoltaica em Canindé de São Francisco. Com o estudo de viabilidade muito bem desenhado, a estimativa de investimento é de R$ 5 bilhões, a ser implantado em quatro diferentes etapas: de 2023 a 2027. A ideia é que o início de sua operação comercial se dê em meados de 2024.

Nesse processo todo, o BTG Pactual foi contratado para colocar uma parte do parque à venda no mercado. Sob responsabilidade do banco, a missão de buscar os R$ 450 milhões necessários à construção do empreendimento.

Aeroporto de Brasília teve obras de modernização e expansão.

O envolvimento em trabalhos voltados à sustentabilidade não é iniciativa recente. No início da segunda metade da década de 90, a antiga Engevix se engajou numa série de projetos de energia limpa. À época, foi criada então a Desenvix, Companhia voltada para investimentos em geração de energia renovável.

Num curto espaço de tempo, executaram projetos importantes e embarcaram na onda verde. Um dos maiores exemplos desse engajamento foi a implantação do Complexo Eólico Bahia, localizado no município de Brotas de Macaúbas, na microrregião da Chapada da Diamantina, a 590 km de Salvador. O empreendimento recebeu investimento de R$ 425 milhões e colocou 57 turbinas eólicas em atividade.

Para José Antunes Sobrinho, acionista da Nova Participações, os parques de energia solar e eólica conferem “resiliência” econômica e social. “Investir em obras de infraestrutura, ainda mais em energia limpa, ativa a economia e traz o ganho social mais importante: empregos”, ele diz. “No pós-pandemia, obras como estas são fundamentais para a retomada do crescimento”.

A infraestrutura como mais uma protagonista

José Antunes também aposta todas as fichas no segmento da infraestrutura – que tem de tudo para ser um protagonista no processo de recuperação econômica. “O governo brasileiro possui as ferramentas para acelerar a retomada da geração de empregos. O Banco Central dispõe de mais de 350 bilhões de dólares em reservas. Desse valor, menos de 20% poderia ser aplicado em projetos de infraestrutura”.

A Nova Participações mantém a tradição de ser uma das maiores empresas no segmento. Em seu portfólio constam obras de modernização e expansão de grandes aeroportos brasileiros, tais como o Aeroporto de Manaus, o Aeroporto de Natal e o Aeroporto Internacional de Brasília. Neste último, a capacidade foi ampliada para até 30 milhões de passageiros por ano e atualmente é o terceiro maior do país em movimentação de passageiros.

Por ora, a expectativa é de que os recentes investimentos em concessões de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e saneamento, possam gerar novos contratos ao Grupo.

Aeroporto de Manaus também foi revitalizado.

O “G” da agenda ESG da Nova Engevix

Único certificado com reconhecimento internacional para um sistema antissuborno, a ISO 37001 vem sendo adotado em diversos países, tornando-se referência nas grandes companhias. Em linha com esse movimento, a holding recebeu neste ano o Certificado Antissuborno ISO 37001. Mais um passo importante na agenda de governança.

Em uma vibrante guinada que se deve aos anseios de tempos pautados na ética e transparência dos processos, certificações são sinônimo de virada de página no mundo corporativo. A partir da realização de Risk Assessment, a Companhia criou novos controles internos a fim de mitigar, principalmente, os riscos relacionados ao tema corrupção. Além dos treinamentos e auditorias, foi criado um novo Código de Ética e Conduta com todas as políticas que tratam dos temas específicos de Anticorrupção e relacionamento com Poder Público.

“A certificação é consequência de muito trabalho. Resultado de contarmos com processos pautados na ética e integridade alinhados a padrões internacionais que combatem o suborno em todas as suas formas. E é de extrema importância que as diretorias também estejam 100% envolvidas”, afirma Adjair da Cunha, Diretor de Governança e Integridade do Grupo.

O movimento ESG é uma tendencia global. Exemplo disso é a Nova Lei de Licitações (PL 4253/2020). Ela determina que em licitações de grande vulto com orçamento superior a R$ 200 milhões, serão exigidos implantação de Programa de Integridade. Assim, para as empresas quem já possuem a certificação, aumentam-se as perspectivas.

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